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Mudança de hábitos

19 jan

Sai da casa dos meus pais em Maringá para vir para Curitiba a trabalho. Detalhe: em casa não cozinhava nada além de pão de forma com queijo e orégano na sanduicheira fora que a minha mãe não gostava muito dos filhos se intrometendo no  terreno sagrado da cozinha. Sozinha e sem carro. Não conhecer os lugares e nem as pessoas. Totalmente perdida.

A alimentação do meu primeiro mês aqui foi no restaurante da esquina perto do meu trabalho. Comidinha honesta. Tentei ter uma alimentação regrada pelo menos no almoço, pois durante o restante do dia era um desastre. Então, o meu almoço era uma colher de arroz integral, duas colheres de feijão, enchia de folhas (prá dar impressão que peguei bastante), legumes e um pedacinho de carne. Economizei no bolso e emagreci 2 kg. Porém, depois de um mês, enjoei da comida e me deu uma deprê de sempre almoçar sozinha e não ter tempo para interagir com o pessoal do trabalho que almoçava por lá (tinha uma cozinha anexa com fogão, geladeira, microondas e pia). Comecei a fazer marmitinha para o trabalho. Tosca mas fiz. Eram geralmente puro carboidrato.

Depois de um tempo vieram os problemas no trabalho. Litros de café durante o expediente e salgadinhos e docinhos trans à noite para conter a ansiedade e estresse. Resultado: gastrite, espinhas e gordurinhas indesejadas.

Isso foi a minha alimentação a dois meses atrás.  Café, agora, só uma xícara. Resolvi abolir do meu carrinho de compras: o salgadinho chips e as bolachas recheadas (comia pelo menos 3 saquinhos de chips e 3 bolachas recheadas por semana). Compro com moderação as outras guloseimas: uma garrafinha de refrigerante de 600/mês, chocolate do bom, porém só uma barra, suco de caixinha só para emergência (antes comprava de 12 unidades para durar um mês para duas pessoas). E sempre carregar comigo uma caneca de água ou garrafinha. Sofro de dermatite seborréica aqui em Curitiba, coisa que em Maringá necas. E percebo uma boa melhora quando me hidrato bem.

Eu ia para a academia durante o meu almoço quando trabalhava e parei depois que decidi pedir demissão. Fiquei dois meses igual uma lesma boba parada, faltava um salzinho que não me matasse, mas que me acordasse desse estágio letárgico. Por um lado não foi ruim, conheci o mundo dos blogs e me interessei particularmente por um segmento: foodies. Bóra agora tocar a vida.